História e Arqueologia

Origem dos Povos Ibéricos: um mistério que permanece até os dia atuais


A ocupação humana na Península Ibérica remonta ao Paleolítico, evidenciando vestígios pré-históricos bem preservados em Portugal e Espanha. A região de Atapuerca, na Espanha, destaca-se por abrigar grutas calcárias que preservaram registros de um milhão de anos de evolução humana. Com a Revolução Neolítica, a transição do homem de coletor para agricultor levou à fixação das populações, proporcionando maior controle sobre as fontes de alimentação.

Embora a agricultura tenha se desenvolvido tardiamente na Península Ibérica, o Neolítico trouxe mudanças significativas à paisagem humana a partir de 7000 anos atrás. O desenvolvimento da agricultura e a cultura megalítica europeia influenciaram a região, estendendo-se por grande parte do oeste europeu e parte do norte da África.

Os povos ibéricos, que habitaram as regiões sul e leste da Península Ibérica na antiguidade, suscitam teorias sobre sua origem. Algumas apontam para sua ligação como habitantes originais da Europa Ocidental e criadores da cultura megalítica. Outras teorias sugerem origens ibéricas asiáticas ou do norte da África, enfatizando sua resistência contra dominações, como a romana.

A economia ibérica era diversificada, destacando-se pela agricultura, exploração mineira intensa e metalurgia desenvolvida. A língua ibérica, não indo-europeia, persistiu durante a ocupação romana, com um sistema de escrita próprio. A influência grega e fenícia também é evidente em artefatos, como a Dama de Elche, simbolizando a cultura ibérica.

Tessô, uma civilização histórica ao sul da Península Ibérica, prosperou como parceira comercial dos fenícios, mas desapareceu abruptamente da história, talvez devido à influência cartaginesa. A chegada dos romanos trouxe mudanças, mas a população da Turdetânia, descendente dos antigos tartessos, manteve sua identidade cultural própria.