A civilização minoica, considerada a primeira da Europa, surgiu durante a Idade do Bronze em Creta, florescendo entre os séculos XVIII e XV. Redescoberta no início do século XX por Arthur Evans, a história minoica remonta a 128.000 anos antes de Cristo, com os primeiros sinais de práticas agrícolas por volta de 5000 anos antes de Cristo.
Marcada pela introdução do cobre em 2700 a.C., a civilização minoica prosperou e irradiou sua cultura para o Mediterrâneo oriental. Períodos de conturbação interna culminaram na destruição de seus centros urbanos por volta de 1400 a.C., sendo assimilada pelos micênicos do continente. Os minoicos, não indo-europeus, tinham uma semelhança genética com os micênicos antigos. A civilização minoica, mais avançada que a heládica, desenvolveu uma economia baseada no comércio externo, suprindo a falta de metais em Creta.
Arthur Evans cunhou o termo “minoico” e associou-o ao rei Minos, do mito do labirinto. Os palácios minoicos, como Knossos, eram construções distintas, e a escrita linear A ainda não foi decifrada. Creta permaneceu livre de invasões por muitos séculos, desenvolvendo uma civilização autosustentável. A religião minoica era matriarcal, com divindades femininas predominantes. Os rituais mortuários incluíam brindes, indicados pelos copos encontrados em túmulos.A arte minoica foi prolífica, incorporando influências estrangeiras e locais. Os minoicos introduziram a arquitetura de coluna única, pintada de vermelho. A dança, teatro e música eram apreciados, com instrumentos como lira, flauta e trombeta.Na mitologia grega, Creta é associada ao labirinto do Minotauro. A história minoica é dividida em minoan antigo, médio e recente. O uso do bronze marcou o início da Idade do Bronze em Creta, e grandes movimentos populacionais conectaram Creta a outras regiões do Egeu.
Reviravoltas, como terremotos e a erupção vulcânica de Santorini, impactaram a civilização minoica. A erupção, uma das maiores da história, devastou assentamentos costeiros e gerou um tsunami que afetou Creta. Apesar do desaparecimento da civilização minoica, seu legado influenciou a cultura grega e moldou aspectos da civilização ocidental.
Origem e Genética
Pesquisadores, liderados por Iosif Lazaridis da Harvard Medical School, analisaram sepultamentos da civilização minoica em Creta e da cultura micênica na Grécia, revelando semelhanças e diferenças genéticas. A ascendência de ambas as civilizações incluiu pessoas que introduziram a agricultura na Europa a partir da Anatólia, os famosos fazendeiros Neolíticos. Esqueletos micênicos e minóicos mostraram influências genéticas de populações do Cáucaso ou Irã, e os micênicos exibiram evidências de contribuições genéticas de regiões mais ao norte. Embora a língua minoica (Linear A) seja desconhecida, os micênicos falavam uma forma antiga de grego. O estudo genético também vinculou os micênicos aos gregos modernos, indicando que estes são descendentes diretos daqueles que governaram entre 1600 a.C. e 1200 a.C. O centro palaciano de Micenas, ligado ao mítico rei Agamemnon, desempenhou papel crucial na Idade do Bronze Final na Grécia, inspirando mitos que perduraram ao longo dos séculos.