Uma das maiores e mais densamente povoadas regiões de manchas solares em mais de uma década surgiu recentemente, em uma região solar com certa proximidade em relação à Terra. O fenômeno está desencadeando uma série de tempestades solares que estão impactando fortemente a superfície da estrela. Esta atividade solar intensa promete tornar as próximas semanas particularmente intrigantes para o nosso planeta, que em breve estará na trajetória dessas manchas escuras e eruptivas.
O primeiro grupo, denominado AR3490, apareceu em 18 de novembro e foi seguido rapidamente por outro grupo, AR3491. Cientistas já estavam cientes desses grupos de manchas solares devido ao rastreamento de “tremores heliosísmicos”, ondulações na superfície do Sol. Desde então, os grupos de manchas solares dividiram-se, dando origem a novas manchas escuras, formando um “arquipélago de manchas solares”. A extensão total dessas manchas solares é de cerca de 200 mil quilômetros de diâmetro, mais de 15 vezes o tamanho da Terra.
Essas manchas solares já produziram 16 erupções solares de classe C e 3 de classe M nos últimos quatro dias, com a possibilidade de explosões de classe X, as mais fortes, nas próximas semanas. As erupções iminentes também podem gerar ejeções de massa coronal (CMEs), chegando à Terra e desencadeando tempestades geomagnéticas, com potenciais impactos, como apagões de rádio e displays de auroras.
O hemisfério sul do Sol também viu o surgimento de pelo menos três grupos de manchas solares nos últimos dias. Esse aumento da atividade solar é um sinal de que o Sol está se aproximando rapidamente do pico explosivo do seu ciclo solar de aproximadamente 11 anos, conhecido como máximo solar, previsto para iniciar no próximo ano. Durante esse período, as manchas solares se tornam mais frequentes e aumentam de tamanho, marcando uma fase de intensa atividade solar.