Cientistas anunciaram a descoberta do buraco negro mais antigo já identificado, formado apenas 470 milhões de anos após o Big Bang. Essa descoberta confirma teorias que sugeriam a existência de buracos negros supermassivos no início do universo. O telescópio espacial James Webb, da NASA, e o Observatório de Raios-X Chandra uniram forças para realizar essa observação única.
O buraco negro é notável não apenas por sua antiguidade, mas também por seu tamanho colossal, sendo 10 vezes maior que o buraco negro da Via Láctea. Estima-se que sua massa represente entre 10% e 100% de todas as estrelas de sua galáxia, uma proporção muito maior do que a de buracos negros na nossa galáxia e outras próximas.
Os pesquisadores acreditam que o buraco negro se formou a partir do colapso de nuvens gigantes de gás em uma galáxia vizinha, que posteriormente se fundiu com outra galáxia. A detecção do buraco negro por meio de raios X pelo Observatório Chandra confirmou sua existência, revelando o gás sendo atraído gravitacionalmente e emitindo raios X. A descoberta abre a possibilidade de encontrar mais buracos negros primitivos no universo, oferecendo uma nova janela de observação. Ambos os telescópios espaciais utilizaram uma técnica de lente gravitacional para ampliar a visão da região do espaço onde o buraco negro foi encontrado. O telescópio Webb, lançado em 2021, é o maior observatório astronômico já enviado ao espaço e opera no infravermelho, enquanto o Chandra, em órbita desde 1999, possui visão de raios X.
Com informações de PhysOrg








