O Holodomor, um dos capítulos mais sombrios da história da extinta União Soviética, resultou na morte de milhões de camponeses ucranianos devido à grande fome. O historiador Thiago Braga abordou o tema em seu vídeo educativo, destacando fontes acadêmicas sérias, com ênfase na obra do professor André Gracios. Em sua análise das fomes soviéticas de 1931 a 1933 e do Holodomor, Gracios utiliza uma denúncia feita por Rascou Nikov, embaixador soviético na Bulgária, datada de 17 de agosto de 1939. Ele revela insatisfações nas aquisições em terras produtoras de grãos, mencionando figuras proeminentes enviadas para corrigir a situação nas regiões do Cáucaso Norte e Volga. Gracios conclui que o Holodomor constitui um genocídio ucraniano, apoiando-se em seu estudo de 2015.
Outro acadêmico relevante é o professor Rafael Lemkin, criador do termo genocídio, que evidencia a intenção de destruir fundamentos essenciais da vida dos grupos nacionais. Michael Elman e outros acadêmicos também corroboram a visão de que as políticas soviéticas, incluindo a fome, foram genocidas, embora reconheçam a complexidade do debate. Estudos de autores como Terry Martin destacam a relação entre coletivização, migração e limpeza étnica, apontando a coletivização como um ponto de partida para eventos que resultaram em tragédias étnicas na União Soviética.
Diante dessas análises embasadas em evidências sólidas, a perspicácia dos estudiosos sugere que o comportamento do regime soviético durante o Holodomor constituiu um crime contra a humanidade, conforme definido no Estatuto de Roma de 1998 do Tribunal Penal Internacional. Essa abordagem crítica desnuda o mito soviético de melhorias na vida dos mais pobres, revelando a gravidade dos eventos que marcaram essa época sombria.